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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Criança sente e sabe quem se importa com ela!

Nessa última semana, me detive na escola em observar a relação pais/filhos. Fiquei na recepção da escola fazendo a entrega das crianças aos pais no final do turno escolar. Bom, o que posso dizer... fiquei pasma com algumas reações que vi.
Imaginem só, uma criança com menos de 6 anos de idade (idade em que elas encontram-se na E.I.), passa em torno de 12 horas na escola e no final do dia é recebida pelo pai sem nenhum gesto de carinho ou alegria.
É muito entristecedor! 
As educadoras após o trabalho quase que exaustivo do dia todo (que inclui trabalhos pedagógicos, recreação, alimentação e higiene) arrumavam até os cabelinhos das crianças, uma por uma, para que seus pais ficassem felizes aos vê-los... e os pais??? Nada!
Claro que houve excessões, mas o negativo sempre marca na nossa cabeça... não é verdade?!
E lhes digo uma coisa, um dos maiores problemas que enfrentamos na escola hoje, é o alto número de crianças carentes. Quando digo carentes não me refiro a situação financeira, me refiro a carência de CARINHO, de AFETO.  
O que muitas vezes é chamado por aí de: hiperatividade e falta de limites é muitas vezes falta de atenção e de carinho. As vezes é preciso chamar a atenção para ser visto... tem gente que picha para ser visto, tem gente que usa roupa curta para ser vista, tem gente que mata para ser visto... criança desafia para ser vista!
Hoje lhes digo com toda a propriedade que criança gosta de limites, pois quem lhe dá limites mostra que se importa com ela. Criança sente e sabe quem se importa com ela!
Temos vários casos de relatos sobre crianças que ao ingressarem no ensino fundamental mudam seu comportamento, por não terem mais uma educadora/mãe à sua disposição e precisarem dividir a professora (em 4 horas diárias) com outros tantos colegas.
A sociedade delegou à instituição escola o que deveria fazer a instituição família. 
Demonstrações de carinho não são planejadas e não se tratam de beijos e carinhos, mas sim de interesse em querer o bem da outra pessoa, em saber como o filho passou o dia, em ansiedade para para vê-lo, em saudade, em valorização...
Talvez se as pessoas se importassem mais, ao menos com seus filhos, nossa sociedade não estivesse tão doente...
Leia, reflita e deixe seu recado!

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