Um blog voltado para Educação Infantil de qualidade

quinta-feira, 31 de março de 2011

Criança não é um adulto em miniatura!




Tendo por base o artigo 22 da nova LDB, a Educação Infantil tem como um dos seus principais objetivos o desenvolvimento da cidadania e, não apenas, a transmissão de conteúdos e integração das diferentes formas de educação ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduzindo ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida. É na escola que as crianças começam a ter as primeiras noções do conhecimento do respeito a si próprio e ao próximo; a ter noções de regras e normas, direitos e deveres estabelecendo uma continuidade educativa com os demais segmentos.
Mas é importante perceber que ensinar princípios para a vida, não quer dizer "adultizar" a criança. 
Vou dar um exemplo, conheci uma professora que fazia com que seu alunos andassem sempre em fila e quando a questionei por essa atitude ela me respondeu: - Eles precisam aprender, pois quando crescerem irão ter que permanecer em filas, no supermercado, no banco, no posto de saúde, etc.
Gente, uma criança aprende regras no jogo, adquire comportamentos no jogo simbólico, aprende a esperar sua vez nas aulas de recreação, por exemplo. 
Por isso o brincar é tão importante na Educação Infantil, pois abre o leque de possibilidades através da forma lúdica, enriquecendo a infância e não perdendo a infância. É uma forma de se pensar e se construir o futuro, sem se perder a essência e a naturalidade infantil.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Relações de convivência na E.I.


A inserção da criança no espaço de Educação Infantil propicia o aumento da socialização, desenvolvimento da identidade e da autonomia.
A criança é um ser social e tem necessidade de aprender com os outros, por meio dos vínculos que vai estabelecendo. É na interação com adultos ou crianças que as aprendizagens acontecem.
Assim, partindo do conceito de independência, do ponto de vista Winnicottiano, tendo como pressuposto básico no entendimento da construção da autonomia moral, a independência nunca é absoluta.
A natureza do ser social deseja a integração com o ambiente, com o meio físico e social, estabelecendo com o mundo uma relação de interdependência.
Para D. W. Winnicott, no desenvolvimento emocional é complexa esta progressão que parte da dependência absoluta para a dependência relativa e rumo à independência.
O educador, como qualquer ser humano saudável, deseja ser respeitado. Ele deseja também, que as crianças aprendam a respeitar aos adultos e a outras crianças, que aprendam a ter limites e a desenvolver sua autonomia.
As crianças estão aprendendo o tempo todo, com o adulto e com seus pares, os modos de se relacionar. Assim, limite tem muito a ver com alegria, troca de ideias, afeto, toque, movimento organizado. O limite deve ser trabalhado, respeitada a faixa etária em que as crianças se encontram. Bebês ainda não têm a compreensão de regras, o limite precisa ser dado na ação, através da linguagem corporal. Crianças um pouco maiores, por volta de 3 ou 4 anos, ainda não conseguem pensar sozinhas sobre as causas e intenções de suas ações, necessitando da intervenção do adulto, da palavra, através do diálogo. Crianças de 5 ou 6 anos devem ser desafiadas para trabalhar em grupo e, ocorrendo  situações de conflitos ser dada a possibilidade de confrontar seus pontos de vista com os colegas e buscar superação dos conflitos através da argumentação e do diálogo. Ser autônomo não é agir sozinho, pois autonomia pressupõe considerar o que o outro pensa. 
Cada sujeito tem sua história de vida proveniente de um universo muito peculiar e vai significar de forma singular suas vivências. Então, é necessário ter presente que as crianças estão aprendendo o tempo todo e oferecer uma boa proposta de trabalho que seja atraente e desafiadora, voltada a objetivos comuns, estabelecendo uma relação de respeito com o outro.
É na vivência de um processo pedagógico fundamentado na cooperação e na construção da autonomia, onde adultos e crianças partilham de um mesmo espaço prazeroso de aprendizagem, que se contribui para uma sociedade onde possam predominar relações mais justas e fraternas.
            É através das relações interpessoais onde os olhares se mesclam que a escola, através destas visões diferenciadas, pode enriquecer o seu fazer pedagógico. 

terça-feira, 29 de março de 2011

Família e escola devem estimular as brincadeiras como forma de aprendizado | Família - Donna

Família e escola devem estimular as brincadeiras como forma de aprendizado | Família - Donna

Ser Criança é...


Sou motivada em escrever sobre esse tema em virtude de perceber o quanto é urgente repensar sobre o que é ser criança. Percebo que a infância é vista, ainda nos dias de hoje, com uma conotação romântica, com um cuidado como se fosse uma peça frágil, como um mundo povoado por seres improdutivos que ainda não conseguem se manifestar sozinhos, tampouco se cuidar.
Acredito numa concepção onde a criança tenha assegurado seu tempo de infância, seu tempo de escola, seu tempo de alegria, de descoberta, de sonhos e também de atividades criadoras, para que assim possa desenvolver-se de forma saudável.
A criança é sem dúvida um ser individual que se expressa de forma singular, que é constituída por diferentes elementos culturais e genéticos que lhes dão uma identidade própria. Faz parte da sociedade, portanto precisa de oportunidades para aprender, desenvolver e fazer suas escolhas. Acredito na criança como ser político, que faz escolhas e que de voz ativa faz valer suas opiniões. É preciso perceber a criança não somente como produto de uma cultura, como vulnerável e manipulável, mas considerá-la enquanto produtora desta.
A infância precisa ser vista diante de si própria e não em comparação com as demais fases da vida adulta. Precisa ser considerada diante de suas próprias potencialidades, na condição de crescer e se desenvolver diante de suas possibilidades.
Defendo que a criança deva ser vista como cidadão integrante de uma sociedade, com direitos e deveres assegurados, devendo participar das decisões e de tudo que diz respeito a uma construção de si própria e de vida em conjunto, ou seja, em sociedade.
Ressalto ainda, que quando me refiro à criança como ser capaz de agir e interagir, não desconsidero a importância do adulto nessa relação. A diversidade de relações e experiências potencializa o desenvolvimento infantil. Crianças expostas a uma gama ampliada de possibilidades interativas têm seu universo pessoal de significados ampliado, desde que se encontre em contextos coletivos de qualidade.
Aliar uma concepção de criança à qualidade dos serviços educacionais a ela oferecidos implica atribuir um papel específico à pedagogia desenvolvida nas instituições pelos profissionais de Educação Infantil. Captar as necessidades dos bebês antes que consigam falar, observar suas reações e iniciativas, interpretar desejos e motivações são habilidades que os profissionais de Educação Infantil precisam desenvolver, ao lado do estudo das diferentes áreas de conhecimento que incidem sobre essa faixa etária, a fim de subsidiar de modo consistente as decisões sobre as atividades desenvolvidas, o formato de organização do espaço, do tempo, dos materiais e dos agrupamentos de crianças. 
Imagem: minha turma de estágio em 2008 - trabalhamos matemática na horta escolar.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Educação Infantil não alfabetiza, mas pratica letramento.


Com o ensino de 09 anos, sabemos que a alfabetização é tarefa do 2º ano da Educação Básica, pois ocupa-se da tarefa de aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo. Porém acredito que a criança, desde o nascimento, deva envolver-se nas atividades de leitura e escrita, da forma em que seu desenvolvimento permita, ou seja, através de práticas de letramento. Ou seja, para entrar nesse “universo das letras”, ele precisa apropriar-se do hábito de conviver com um jornal, de frequentar bibliotecas, livrarias, e com esse convívio efetivo com a leitura, apropriar-se do sistema de escrita, entendendo a sua importância.
Letrar significa inserir a criança no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos de escrita na sociedade. Essa inserção começa muito antes da alfabetização propriamente dita, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social: os pais lêem para ela, a mãe faz anotações, os rótulos indicam os produtos, as marcas ressaltam nas prateleiras dos supermercados e na despensa em casa.
O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento adquirido incidentalmente no dia-a-dia. A escola deve continuar o desenvolvimento das crianças nesse processo, evitando as práticas que tornam a criança alfabetizada, com conhecimento do código, mas incapaz de compreender o sentido dos textos.
Assim, buscando contemplar as diferentes linguagens e a necessidade de significação oferece-se diferentes materiais (escritos, orais, visuais, sinestésicos) e situações, para que a criança possa, através deste contato e inter-relações daí advindas, construir um repertório variado, não só de situações hipotéticas, mas de momentos vividos em que se tem o uso e função social da linguagem presente no cotidiano da turma.
·         Criar um ambiente letrado, em que à leitura e a escrita estejam presentes mesmo antes que a criança saiba ler e escrever convencionalmente.
·         Considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento que advém da vida.
·         Participar com as crianças de práticas de letramento, ou seja, ler e escrever com função social.
·         Utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer.
·         Utilizar textos reais, que circulam na sociedade.
·         Utilizar a leitura e a escrita como forma de interação, por exemplo, para informar, convencer, solicitar ou emocionar.
Este processo deve ocorrer em diferentes momentos do dia-a-dia infantil, como por exemplo, na Roda da Conversa que tem, entre outras, a função de expressão livre, organização das falas de cada um, interação e autonomia no processo de diálogo (liberdade para a criança que está se expressando concluir o seu pensamento), planejar o dia, contarem novidades e curiosidades, rever combinados.
Desta forma, o ambiente escolar torna-se o principal incentivador da leitura e da escrita. Quando se considera a importância do letramento, ficam de lado os exercícios mecânicos e repetitivos, baseados em palavras e frases descontextualizadas. O enfoque está no aluno que constrói seu conhecimento sobre a língua escrita e não no professor que ensina. Na escola, a criança deve prosseguir a construção do conhecimento iniciada em casa e interagir constantemente com os usos sociais da escrita. O importante não é simplesmente codificar e decodificar, mas ler e escrever textos significativos.
O letramento também se faz presente nos brinquedos e brincadeiras do cotidiano da Educação Infantil, que como prática social, cognitiva e cultural, contribuem também para desenvolvimento de outras habilidades, tais como, atenção, percepção, socialização entre outras.
Imagem: leitura de imagens - os alunos faziam a leitura de imagens e eu, professora na época, escrevia o que eles interpretavam.  Assim percebiam as diferentes histórias criadas pelos grupos oriundas de uma mesma imagem. Perceberam, também, a diferença entre desenho e escrita.

domingo, 27 de março de 2011

Acontece por aqui...

  •  Psicopedagogia Clínica e Supervisão Escolar e Orientação Educacional

O Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER (Canoas e Porto Alegre, RS/BR) está com matrículas abertas para os cursos de Pós-Graduação em Educação: Psicopedagogia Clínica e Supervisão Escolar e Orientação Educacional.

  •  Tessituras: Formação de Mediadores para Programas de Leitura

A Câmara Rio-Grandense do Livro (Porto Alegre, RS/BR) e Universidade Luterana do Brasil (Canoas, RS/BR) promovem a segunda edição do curso de extensão universitária “Tessituras: Formação de Mediadores para Programas de Leitura”. O curso ocorrerá em dez encontros e as inscrições são gratuitas.
Local: Auditório da Livraria Paulinas - Rua dos Andradas, 1212 - Porto Alegre, RS/BR
Data: 14.03 a 11.07.2011

  •  XV Jornada do curso de Especialização em Atendimento Clínico

A Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS (Porto Alegre, RS/BR) convida para a XV Jornada
do Curso de Especialização em Atendimento Clínico.

Local: Auditório da Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS – Av. Protásio Alves, 297 – Porto Alegre, RS/BR
Data: 26.03.2011
Fone: (51) 3333.7025
Informações: clinicap@ufrgs.br

  •  IX Círculo de Cultura Indígena

Estão abertas as inscrições para o IX Círculo de Cultura Indígena, promovido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Cultura Indígena/NEPCI da Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul - PUCRS (Porto Alegre, RS/BR). A programação abordará os seguintes temas: Guaranização e Reduções Jesuíticas, Pedido de perdão ao povo raiz do Rio Grande do Sul, A presença indígena na sociedade do espetáculo, Consentimento informado em pesquisa indígena, Aldeamentos indígenas metropolitanos, Alimentação tradicional indígena, O papel do Ministério Público na proteção dos trabalhadores indígenas, A sabedoria ecológica dos indígenas: um resgate para a educação ambiental, Os novos diálogos: igreja e povos indígenas do Brasil. Participam como ministrantes: Alfredo Dal Molin Flores, Carlos Alberto Molinaro, Chalissa Wachholz, Claudemir Vaz, Eder Hüttner, Edison Hüttner, Giancarla Brunetto, José Roberto de Oliveira, Mariana  Furlan Teixeira, Orci Paulino Teixeira, e Rogério Mongelos.
Local: PUCRS – Av. Ipiranga, 6681 - Porto Alegre RS/BR
Data: 02.04 a 11.06.2011
Fone: (51) 3320.3727

  •  Jornada de Abertura da Associação Psicanalítica de Porto Alegre

A Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Porto Alegre, RS/BR) convida para sua Jornada de abertura com o tema: “O infantil na psicanálise”.
Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael - Av. Alberto Bins, 514 - Porto Alegre RS/BR
Data: 09.04.2011

  •  Qualificar para crescer

A Mover Treinamentos (Porto Alegre/RS) promove o curso de formação continuada “Qualificar para crescer – Numa perspectiva do fazer pedagógico”.
Local: Auditório do SINDIFERGS – Rua Voluntários da Pátria, 595, cj 505 - Porto Alegre RS/BR
Data: 09 e 16.04.2011

  •  Curso de Educação Ambiental

A Fundação Gaia (Pantano Grande, RS/BR) promove o curso “Dialogando com a vida: uma abordagem participativa e transformadora em Educação Ambiental”. O curso é aberto a todas as pessoas interessadas em atuar na área de educação ambiental e proporciona vivências e reflexões coletivas no sentido de um maior aprofundamento no tema.
Local: Rincão Gaia - BR 290, KM 210 - Pantano Grande, RS/BR
Data: 30.04 e 01.05.2011

  •  Jornada Pedagógica de Educação Infantil

A Aprendendo Escola de Professores e Educação Continuada (Porto Alegre, RS/BR) promove a Jornada Pedagógica de Educação Infantil e recebe inscrições de trabalhos e projetos para mostra pedagógica.
Local: Colégio Vicentino Santa Cecília – Rua Vicente da Fontoura, 2234 - Porto Alegre, RS/BR
Data: 21.05.2011
Fones: (51) 9112.3329 – 9141.0731

  •  IV Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação (SBECE) e 1º Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação (SIECE)

O Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA (Canoas, RS/BR) e os Programas de Pós-Graduação em Educação e Educação em Ciências da UFRGS (Porto Alegre, RS/BR), convidam para os seminários sobre Estudos Culturais e Educação.
Local: ULBRA - campus Canoas - Av. Farroupilha, 8001 - Canoas, RS/BR
Período: 23 a 25.05.2011
Fone: (51) 3477.400 – 3477.9239

sexta-feira, 25 de março de 2011

JARDIM E PRÉ

Fase psicológica em que a criança encontra-se: Fálica

Período: de 4 a 6 anos aproximadamente.

Características: Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital e ela apresenta um forte comportamento narcisista, de representação de si, onde cria uma grandiosa imagem de si mesma. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas "teorias sexuais infantis". Neste período surge o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.

Nesse estágio o desenvolvimento físico é acompanhado com rápido desenvolvimento motor. A inteligência pictória se expande e a criança adora desenhar e precisa fazê-lo e essa expansão é acompanhada por expressivo desenvolvimento da memória levando a criança a explorar sua historicidade e caminhar em busca de sua individualidade. Na medida em que as crianças podem se lembrar de objetos e eventos, podem também formar conceitos e, portanto, desenvolver a aprendizagem significativa.

OBJETIVOS EDUCACIONAIS:
  • Desenvolver percepção visual, auditiva, coordenação viso-motora;
  • Desenvolver Orientação temporal;
  • Desenvolver Orientação espacial;
  • Estimular o raciocínio lógico;
  • Desenvolver o conceito numérico;
  • Identificar, nomear e se reconhecer como membro de sua família, reconhecendo sua importância e valor que possui em casa.
  • Desenvolver socialização;
  • Estimular o reconhecimento básico da história Brasileira.
  • Estimular os 5 sentidos;
  • Incentivar a importância ecológica;
  • Estimular a criatividade.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ROTINA ESCOLAR:
  • Desenvolvimento na criança do conceito de eu em relação ao seu nome, idade e em relação aos pais (família) e colegas;
  • Aperfeiçoamento da coordenação motora grossa e fina (livre);
  • Despertar na criança o interesse por estímulos sonoros, para que ela consiga perceber, identificar e localizar sons;
  • Incentivo e permissão da fala da criança em todas as atividades possíveis, corrigindo e ampliando seu vocabulário, utilizando também as músicas;
  • Estimulo do vocabulário através de contos e histórias pequenas que despertem a fantasia da criança;
  • Incentivo a memorização de músicas e gestos;
  • Identificação e reconhecimento das vogais;
  • Identificação do nome próprio e das letras do nome;
  • Inicio da aprendizagem de conceitos de longe, perto, dentro, fora, em cima, em baixo, atrás, na frente, ao lado, dentro, fora, cheio, vazio, etc.;
  • Discriminação da criança do sentido de ontem hoje e amanhã;
  • Estimulo ao uso do raciocínio da criança;
  • Classificação e nomeação de objetos pelas cores primárias (azul, amarelo e vermelho), formas (círculo, triângulo e Quadrado), tamanho (grande e pequeno) e quantidade (1 a 9);
  • Nomeação e identificação de iguais e diferentes;
  • Desenvolvimento da capacidade de auto-higiene corporal;
  • Identificação, reconhecimento, localização e nomeação das partes do próprio corpo;
  • Estimulo ao cuidado com a natureza;
  • Nomeação e reconhecimento de diferentes animais;
  • Discriminação entre diferentes superfícies;
  • Incentivo e desenvolvimento do hábito do desenho, estimulando assim a fantasia da criança;
  • Estimulação de confecção de brinquedos através da sucata;
  • Estimulação da coordenação da criança e a criatividade com o uso da argila e massinha;
  • Desenvolvimento da percepção visual, auditiva, coordenação viso-motora;
  • Desenvolvimento de orientação temporal (começo, meio e fim);
  • Orientação espacial: dentro/fora, em cima, entre, em baixo, na frente, atrás, alto, baixo, perto e longe
  • Estimular o raciocínio lógico, estabelecendo relações entre os conceitos: todo, parte, igual, diferente, grande, pequeno, tamanho, cor, forma, etc.;
  • Desenvolvimento do conceito numérico através da expressão verbal e gráfica. Desenvolvimento da noção de diferentes medidas em relação aos objetos e ao tempo;
  • Desenvolvimento da socialização;
  • Identificação dos meios de transportes que circulam em nosso país, relacionando-os com o trânsito;
  • Identificação dos meios de comunicação existentes em nosso país;
  • Identificação das diferentes profissões, bem como sua importância para economia familiar e do país;
  • Reconhecimento básico da história Brasileira;
  • Estimulação ao uso dos sentidos (audição, fala, visão, olfato e tato);
  • Incentivo a importância ecológica, através de atividades ligadas ao meio ambiente;
  • Apresentação da diferença entre campo/cidade e praia, estabelecendo a noção de tempo;
  • Entre outros, surgidos através da curiosidade das crianças envolvidas no grupo.

MATERNAL

Fase psicológica em que a criança encontra-se: Anal

Período: 2 a 4 anos aproximadamente
Características: Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres e a zona de maior satisfação é a região do ânus. A criança descobre que pode controlar as fezes que saem de seu interior, oferecendo-as à mãe ora como um presente, ora como algo agressivo. É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene. Ela começa a ter noção de posse e quer pegar os objetos, tocá-los e ver que aquilo faz parte de algo fora do limite do seu corpo.

Essa fase caracteriza-se, também, pelo aparecimento da linguagem, que permite a expressão verbal e o pensamento intuitivo, anterior ao pensamento lógico. Manifesta-se através do desenho, da imagem mental, da linguagem, da imitação diferenciada e do jogo simbólico (por exemplo: a motoca pode ser uma moto, o cabo de vassoura um cavalo). Idade de egocentrismo, onde suas ações estão centradas na sua pessoa e no seu corpo, portanto idade onde se deve trabalhar a socialização, para que possa elaborar seus conceitos, construir seus pensamentos e imagens pela maneira com que representa o seu mundo. Agrupa objetos, reunindo-os em classes, de acordo com suas semelhanças. Anima os objetos inanimados, no seu mundo de faz de conta.

OBJETIVO EDUCACIONAL:
·         Promover o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança respeitando sua maturidade emocional.
·         Incentivar o uso do raciocínio através de atividades recreativas que valorizem a auto estima do aluno.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ROTINA ESCOLAR:

Controle dos esfíncteres, de forma gradativa e com grande paciência e estímulo/incentivo por parte do professor;
•Higiene Bucal após as refeições, estimulando e incentivando para o uso da escova;
•Alimentar-se sozinho, com ajuda do professor, aos poucos as crianças aprendem a levar a colher sozinha à boca;
•Estimulação do próprio corpo, identificando e nomeando as partes.
•Garatuja: folhas em branco, onde a criança poderá pintar com lápis, giz de cera e/ou guache;
•Exercícios de encaixe e montagem;
•Jogos de bola em rodas, promovendo a integração social;
•Trabalhos manuais com massinhas e argila;
•Incentivo e desenvolvimento da fala, onde o professor deverá conversar e estimular para que a criança consiga manifestar o que quer, não permitindo que ela só se manifeste por gestos;
•Ampliação de vocabulário, conversando diariamente, com a criança sobre os aspectos do dia-a-dia;
•Incentivar e permitir a fala da criança em todas as atividades possíveis, falando corretamente com a criança. Mostrar à criança a conveniência de falar em voz baixa, trabalhando com a criança o saber escutar;
•Apresentação das cores;
•Trabalhos com músicas gestuais, cantigas de roda e dança, estimulando partes do corpo;
•Contos de histórias curtas;
•Coordenação motora livre, como rasgar papel, brincar de massinha, etc.;
•Brincadeiras de imitar os adultos, como escovar os dentes de bonecas, fazer comidinha, ir às compras, banho de bonecas, etc.;
•Explorar o ambiente escolar, mostrando árvores, passarinhos, parquinho, etc.;
•O uso do parquinho diário, pois nessa idade a criança tem bastante energia e grande dificuldade de concentração, por isso todas as atividades devem ser curtas e com bastante estímulo/incentivo por parte do professor;
•Construção de limites e regras de convivência;
•Traçados simples: Coordenação Motora;
•Formas Geométricas: círculo, quadrado, retângulo e triângulo.

BERÇÁRIO

Fase psicológica em que a criança encontra-se: Oral

Período: de 0 a 1 ano e 11 meses aproximadamente.
Características principais: a região do corpo que proporciona maior prazer à criança e a boca. É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de alimentar proporciona satisfação ao bebê. É a fase de reconhecimento do externo. Cores primárias e vibrantes despertam a atenção das crianças nessa fase.

Etapa dos hábitos motores (0 à 6 meses): é nela que a criança forma os primeiros hábitos, pois uma vez que seus movimentos obtenham algum resultado, ela os repetirá, e assim acabará incorporando novos elementos. Repetindo reações que produziram resultado interessante, ela passa a ter as primeiras percepções organizadas e os primeiros sentimentos diferenciados.
Etapa da inteligência prática ou senso-motora (6 meses até 2 anos):  etapa que se caracteriza pela experimentação, exploração, variação e modificação do comportamento. A criança já começa distinguir os meios dos fins. Há formação de estruturas através do deslocamento de objetos, posições e relações. No final do período (2 anos), a criança apresenta certo grau de capacidade de resolver problemas, recordar, planejar e imaginar.

OBJETIVO EDUCACIONAL:
·         Desenvolver harmonicamente os aspectos físicos, psíquicossociais do bebê, respeitando sua maturidade emocional.
·         Desenvolver a psicomotricidade da criança através do corpo e do movimento.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ROTINA ESCOLAR:
·         Estimulação tátil (acariciando o bebê sempre que possível e conversas diárias);
·         Estimulação visual, através de objetos coloridos, que permitam o manuseio com as mãos e a boca;
·         Estimulação de movimentos como se arrastar, engatinhar para buscar um objeto;
·         Incentivo do andar, segurando-o com as mãos;
·         Estimulação verbal conversando com a criança todo o tempo, brincando e sorrindo;
·         Introdução de alimentos com a paciência de educador/cuidador, pois a adaptação nem sempre é fácil;
·         Trocas de roupas e fraldas contínuas, sempre que for necessário;
·         Banhos agradáveis, acompanhados de conversas e músicas;
·         Músicas gestuais e cantigas de roda (sentados);
·         Exercícios com bolas e brinquedos de encaixe, quando a criança apresentar maturidade;
·         Incentivo a fala;
·         Imposição de limites, dizendo não, toda vez que a criança colocar em perigo si mesmo, os colegas, educadoras e o ambiente escolar.