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terça-feira, 15 de março de 2011

Adaptação Infantil

Fui questionada, esta semana, sobre o tempo que leva a adaptação dos bebês na educação infantil e inicio este texto afirmando-lhes que não há um tempo pré determinado, cada ser humano apresenta um comportamento muito próprio e singular.
E importante lembrar que a chegada da criança na escola é, na maioria das vezes, a chegada no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas e diferentes daquelas do espaço doméstico a que ela está acostumada. A adaptação no ambiente escolar não depende somente da criança, mas também dos pais (que devem se mostrar seguros e decididos) e da escola (que deve estar preparada).
A decisão dos pais, de colocar seu filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura e é dever da escola certificar-se de que esta é a melhor opção para os pais e para a criança. É preciso que eles estejam cientes que a escola será um bom propulsor para o desenvolvimento do filho em vários aspectos como: afetivo, social, físico e cognitivo;

A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe, mas é superado em pouco tempo. Na escola a criança vivencia pela primeira vez o distanciamento da família e a não exclusividade, pois terá de dividir a atenção com seus colegas, porém, é nesta etapa que a criança fortalecerá o processo de amadurecimento, que se estenderá para toda vida.
O choro na hora da separação nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola, muitas vezes gostam da escola mas ainda sentem falta da presença da mãe. Já a ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação. Mesmo parecendo calma e estando tranqüila ela ainda não está adaptada porque tudo é novo, a diferença está apenas na forma como ela reage, o processo de adaptação continua sendo o mesmo;
Mesmo quando a criança não chora, ainda há outras formas de verificar como está o processo de adaptação. Crianças que parecem aflitas, frustradas, ansiosas, angustiadas ou assustadas, que mordem, gritam, batem (nas outras crianças, na educadora ou em si mesmas), não se alimentam direito ou ficam irritadiças podem estar com dificuldades neste processo.
Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, que se adaptará melhor a nova situação;
É comum verificar-se nessa fase uma ambivalência de sentimentos. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente;
A adaptação das crianças de período integral inicialmente deve ser feita em um turno (manhã ou tarde). Crianças até 3 meses raramente precisam de adaptação porque ainda não distinguem seu corpo do meio. A partir dos 8 meses verifica-se o "estranhar", nesta etapa é sugerido que o familiar responsável pela criança em adaptação permaneça na escola nos primeiros 3 ou 4 dias e que, a adaptação seja feita de forma progressiva, ou seja, no primeiro dia fica apenas uma horinha na escola e depois vai aumentando este tempo;
Muitas vezes uma criança que já está na escola precisa ser readaptada ao trocar de sala ou de educadora, porque pode sentir medo ou ficar insegura e com medo da mudança e isso é completamente normal.
Criar rotinas de acordo com a faixa etária atendida e o interesse da turma, de forma criativa e bem elaborada constitui para a criança instrumento construtivo de sua independência e autonomia, fortalecendo os vínculos afetivos com as educadoras. 


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