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quarta-feira, 30 de março de 2011

Relações de convivência na E.I.


A inserção da criança no espaço de Educação Infantil propicia o aumento da socialização, desenvolvimento da identidade e da autonomia.
A criança é um ser social e tem necessidade de aprender com os outros, por meio dos vínculos que vai estabelecendo. É na interação com adultos ou crianças que as aprendizagens acontecem.
Assim, partindo do conceito de independência, do ponto de vista Winnicottiano, tendo como pressuposto básico no entendimento da construção da autonomia moral, a independência nunca é absoluta.
A natureza do ser social deseja a integração com o ambiente, com o meio físico e social, estabelecendo com o mundo uma relação de interdependência.
Para D. W. Winnicott, no desenvolvimento emocional é complexa esta progressão que parte da dependência absoluta para a dependência relativa e rumo à independência.
O educador, como qualquer ser humano saudável, deseja ser respeitado. Ele deseja também, que as crianças aprendam a respeitar aos adultos e a outras crianças, que aprendam a ter limites e a desenvolver sua autonomia.
As crianças estão aprendendo o tempo todo, com o adulto e com seus pares, os modos de se relacionar. Assim, limite tem muito a ver com alegria, troca de ideias, afeto, toque, movimento organizado. O limite deve ser trabalhado, respeitada a faixa etária em que as crianças se encontram. Bebês ainda não têm a compreensão de regras, o limite precisa ser dado na ação, através da linguagem corporal. Crianças um pouco maiores, por volta de 3 ou 4 anos, ainda não conseguem pensar sozinhas sobre as causas e intenções de suas ações, necessitando da intervenção do adulto, da palavra, através do diálogo. Crianças de 5 ou 6 anos devem ser desafiadas para trabalhar em grupo e, ocorrendo  situações de conflitos ser dada a possibilidade de confrontar seus pontos de vista com os colegas e buscar superação dos conflitos através da argumentação e do diálogo. Ser autônomo não é agir sozinho, pois autonomia pressupõe considerar o que o outro pensa. 
Cada sujeito tem sua história de vida proveniente de um universo muito peculiar e vai significar de forma singular suas vivências. Então, é necessário ter presente que as crianças estão aprendendo o tempo todo e oferecer uma boa proposta de trabalho que seja atraente e desafiadora, voltada a objetivos comuns, estabelecendo uma relação de respeito com o outro.
É na vivência de um processo pedagógico fundamentado na cooperação e na construção da autonomia, onde adultos e crianças partilham de um mesmo espaço prazeroso de aprendizagem, que se contribui para uma sociedade onde possam predominar relações mais justas e fraternas.
            É através das relações interpessoais onde os olhares se mesclam que a escola, através destas visões diferenciadas, pode enriquecer o seu fazer pedagógico. 

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